Por vezes gasto tanto tempo a dar atenção a tudo (e a coisas de nada), a tentar assimilar o máximo, responder a todas as chamadas e necessidades, a construir a vida... que meesqueço por momentos de quem sou e do que gosto. Eu tento manter-me na minha linha, no meu chão, até porque quando saio dela o peito aperta muiiitooo e sinto-me sufocada; mas mesmo assim, tenho momentos em que me esqueço da base e das futilidades todas (ou não!) de que gosto. Esqueço-me do que sou, do que me faz feliz, do que me equilibra para poder ser melhor até para os outros.
Porque quando me concentro em mim, no meu caminho, no meu cheiro e no meu querer, fico numa bolha. E na minha bolha entra quem eu gosto, assim espontaneamente. E quem não gosto, quem prejudica, magoa e me tenta apontar fraquezas fica cá fora. Porque a atenção está para as pessoas como a água para as flores, se lhes falta, murcham!
Não gosto de dar demasiada atenção às coisas, situações e pessoas. Cada um vale por si, pelo que é, porque uma nêspera, aqui ou na China, é apenas uma nêspera. Quando tento absorver o mundo dou atenção às nêsperas, e fico sem tempo para dar atenção a mim.
Por isso, abençoado egocentrismo, meia-volta e volta e meia estou centrada em mim. Só em MIM.
E é assim que sou feliz. Sou eu.

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